Por Bruno Duarte
Foi de dar vergonha até em quem é leigo jurídico o espetáculo promovido por Gilmar Mendes no TSE na sessão de ontem. O mais espantoso, foi ver que o próprio, dono de um voto avassalador, onde este reconheceu os crimes eleitorais da chapa vencedora das eleições de 2014, hoje com provas colhidas pela investigação no tribunal, rasgar tudo na frente das câmeras, em rede nacional, sem o menor pudor.
Intrigante também, foram os votos dos demais “ministros coveiros de prova viva”, votos pobres e politizados, sem ao menos, sequer uma explicação jurídica minimamente aceitável.
O espetáculo à parte ficou a todo o momento em que Mendes se manteve irritado, pois o relator usou o voto do próprio, que ele rasgaria mais tarde, fez todo tipo de obstrução na leitura apresentada pelo relator, chegando ao ponto de dormir na cadeira.
O show na verdade foi de terror. Algo que desequilibra as bases democráticas quando um tribunal passa a permitir o crime eleitoral em uma eleição. Num momento histórico que a Lava Jato dá um exemplo ao país, o TSE dá um espetáculo de terror à parte.